Nas últimas horas, um vídeo divulgado em redes sociais de Ijuí reacendeu o debate em torno da construção de casas no bairro Tancredo Neves.
A gravação, que circula, diz sobre a Secretaria Municipal de Habitação de “paralisar as obras” e de “enganar as famílias beneficiadas”.
No entanto, uma análise mais ampla dos fatos mostra que o caso está longe da narrativa simplificada apresentada no vídeo.
O CONTEXTO DO PROJETO
O empreendimento faz parte do Programa Pró-Moradia, financiado com recursos do FGTS e executado em parceria com a Caixa Econômica Federal.
O valor global é elevado, e prevê a construção de unidades habitacionais completas, com dormitórios, sala, cozinha e banheiro, beneficiando famílias de baixa renda cadastradas pela Secretaria de Habitação.
O projeto, inicialmente, previa apenas o loteamento.
Posteriormente, foi ampliado para incluir as casas, o que exigiu aditivos contratuais e uma nova aprovação técnica e financeira junto à Caixa — o que naturalmente alonga prazos e aumenta o nível de burocracia.
De acordo com informações oficiais da prefeitura, as obras seguem contratualmente ativas, e não houve rescisão com a empresa responsável.
O ritmo da construção, entretanto, foi reduzido devido à liberação de recursos e à tramitação de documentos federais — um processo que, por envolver o FGTS e órgãos nacionais, demanda trâmites mais lentos do que os de obras financiadas apenas com recursos municipais.
O QUE DIZ A OPOSIÇÃO
No vídeo, existe o “fiscalizando as obras” — afirmado que o projeto é um “Frankenstein”, aponta a ausência de trabalhadores no local e critica o secretário de Habitação, afirmando que ele “ganha R$ 18 mil por mês e não consegue resolver problemas básicos”.
A gravação ainda acusa o governo municipal de “errar no projeto”, de não ter “contratado o esgoto” e de “enganar as famílias” que esperavam se mudar em dezembro.
A REALIDADE DOS FATOS
De acordo com informações apuradas junto a fontes oficiais, o que existe é um processo em andamento — com ajustes técnicos e jurídicos que, longe de significarem erro, representam melhorias no projeto original.
Os aditivos contratuais incluíram avanços na infraestrutura das casas, e a ampliação do escopo do projeto exigiu novas etapas de licitação e autorização da Caixa.
A Secretaria de Habitação também esclareceu que o pagamento à construtora depende de medições e liberações federais, o que não está sob controle direto do município.
Por isso, o cronograma inicial precisou ser readequado.
Diferente do que sugere o vídeo, as obras não foram abandonadas.
O contrato segue vigente, e a equipe técnica trabalha na adequação documental para que o projeto avance dentro dos parâmetros legais.
O secretário municipal enfatiza que a prioridade é entregar moradias de qualidade, e não “apenas cumprir datas políticas”.
OPORTUNISMO POLÍTICO?
A publicação do vídeo ocorre em um momento que a oposição local continua a busca de desgastar a atual gestão municipal.
Não é coincidência que o tema escolhido tenha sido justamente o da habitação popular, uma pauta de forte apelo social e emocional.
Especialistas em política local observam que, de tempos em tempos, críticas a programas habitacionais costumam ser usadas para tentar minar a imagem de competência administrativa.
Entretanto, ao transformar uma obra em “palanque”, isto pode estar prestando um desserviço às próprias famílias beneficiadas, que passam a lidar com informações distorcidas e insegurança desnecessária.
TRANSPARÊNCIA E CONTINUIDADE
O desafio do município, neste momento, foi de reforçar a comunicação direta com as famílias e publicar um cronograma atualizado das obras.
A clareza sobre etapas, prazos e pendências está sendo essencial para evitar ruídos e desinformações.
Ainda assim, é preciso reconhecer: obras públicas financiadas por programas federais seguem um rito técnico e jurídico complexo.
Cada liberação de recurso depende de aprovação, vistoria e validação documental — etapas que fogem ao controle da prefeitura e exigem paciência administrativa.
POIS ENTÃO...
Os fatos mostram que as casas do Tancredo Neves não foram paralisadas, mas sim ajustadas e aprimoradas dentro dos limites legais e burocráticos que regem obras habitacionais financiadas pelo FGTS.
Enquanto existem aqueles que buscam transformar um processo técnico em escândalo político, a gestão municipal segue com foco na execução correta do projeto — garantindo que cada casa seja entregue com qualidade, infraestrutura e segurança.
Em vez de “picuinhas” e ataques pessoais, o que Ijuí precisa é de colaboração e seriedade para que os beneficiários recebam, em breve, o que de fato importa: a chave da casa própria.
✍️ Redação: Conectando Online — Jornalismo digital com credibilidade
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