Ijuí prestes a perder investimento de R$ 45 milhões após politização de projeto na Câmara.
Apesar de ser o 2º Município mais competitivo no Estado do Rio Grande do Sul, interesses políticos insistem em repercutir negativamente para o desenvolvimento de Ijuí.
Ijuí perde investimento de R$ 45 milhões após politização de projeto na Câmara
Grupo Schirmann decide transferir empreendimento para Passo Fundo; perda estimada ultrapassa R$ 2 milhões em impostos anuais e dezenas de empregos diretos
Um dos maiores investimentos industriais previstos para Ijuí nos últimos anos pode não mais acontecer.
O Grupo Schirmann, empresa do setor metalúrgico e de beneficiamento de aço para construção civil, anunciou a retirada de um projeto de expansão que seria instalado no município.
A decisão foi motivada, segundo o grupo, pela “politização” e pelo “ambiente hostil” criados em torno da tramitação do projeto de lei que tratava da aplicação do artigo 2º da Lei Municipal nº 4.951/2009.
O projeto havia sido encaminhado pelo Poder Executivo à Câmara de Vereadores, mas acabou se tornando alvo de ataques públicos nas redes sociais por parte de parlamentares de oposição, que questionaram o conteúdo antes mesmo de o texto ser apreciado em plenário.
A reação, segundo empresários, gerou insegurança jurídica e afastou o investimento.
R$ 45 milhões e centenas de empregos: o que estava em jogo
Nos documentos apresentados à Câmara, o Grupo Schirmann detalhava planos para ampliar a indústria com um investimento superior a R$ 45.000.000,00.
A previsão era de aumento de mais de 40% no quadro de funcionários, o que representaria dezenas de novos empregos diretos e centenas de indiretos.
O faturamento mensal da nova planta foi estimado em R$ 10.000.000,00, o que, ao longo de um ano, representaria R$ 120.000.000,00 circulando na economia local.
Além disso, os impostos diretos gerados pelo empreendimento alcançariam, em média, R$ 170.000,00 por mês, ou R$ 2.040.000,00 por ano.
Esses valores seriam revertidos em arrecadação para o município, contribuindo com o financiamento de políticas públicas, melhorias urbanas e geração de renda.
“Interesses partidários se sobrepuseram ao bem da cidade”
Em comunicado oficial, o Grupo Schirmann afirmou que “interesses político-partidários e ideológicos se sobrepuseram ao interesse público e ao bem-estar coletivo”.
A empresa destacou ainda que “a disparidade de tratamento compromete a segurança jurídica dos investidores e afeta a imagem de Ijuí como polo de atração de novos empreendimentos”.
Diante desse cenário, o grupo informou que irá redirecionar os investimentos inicialmente previstos para Ijuí à cidade de Passo Fundo, que “acolheu com respeito e dignidade o projeto”.
Confira:
Reações do Poder Executivo e da base governista
O prefeito de Ijuí, Andrei Cossetin lamentou publicamente a decisão e afirmou que o episódio representa “um duro golpe para o desenvolvimento da cidade”.
Vereadores da base governista como Rodrigo Noronha e Chico Ortiz também criticaram a postura da oposição nas redes.
“A cidade foi privada de um investimento de R$ 45 milhões e de mais de dois milhões anuais em arrecadação. É lamentável que o interesse eleitoral tenha falado mais alto do que o interesse público”, disse Daniel Perondi, um dos parlamentares aliados ao Executivo.
Oposição sob críticas
Embora o projeto ainda estivesse em tramitação, alguns vereadores de oposição utilizaram as redes sociais para levantar suspeitas sobre o conteúdo da proposta.
As postagens rapidamente ganharam repercussão e criaram pressão popular negativa, o que inviabilizou o diálogo técnico em torno do tema.
A situação gerou perplexidade em setores produtivos locais e em entidades empresariais, que agora temem que o episódio afete o ambiente de negócios no município.
“Empresários observam o modo como as cidades tratam seus investidores. Quando percebem insegurança política ou instabilidade, eles procuram outros lugares. É o que aconteceu aqui”, afirmou um empresário local que preferiu não se identificar.
O custo da perda
Com a saída do investimento, Ijuí deixa de receber:
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R$ 45.000.000,00 em investimentos diretos, que seriam aplicados na construção e ampliação da planta industrial;
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R$ 120.000.000,00 por ano em movimentação econômica (faturamento);
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R$ 2.040.000,00 por ano em impostos diretos;
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E dezenas de novos empregos diretos, além de centenas de indiretos.
Esses valores poderiam fortalecer a economia local, impulsionar o comércio, e aumentar a arrecadação da prefeitura — revertendo-se em melhorias na saúde, educação e infraestrutura.
Debate técnico substituído por disputa política
Especialistas em gestão pública afirmam que casos como esse evidenciam a necessidade de separar debate técnico de embates partidários.
Incentivos, isenções e projetos de expansão industrial são instrumentos legítimos de desenvolvimento — desde que tratados com transparência e responsabilidade.
A politização precoce de temas dessa natureza pode comprometer a confiança dos investidores e prejudicar o futuro econômico do município.
“Quando o debate sai do campo técnico e vira palco de disputa ideológica, a cidade inteira perde. Não é o governo que sofre o impacto — é a população”
Passo Fundo ganha, Ijuí perde
O novo destino do empreendimento será Passo Fundo, cidade que, segundo o grupo, demonstrou “respeito e segurança jurídica” no trato com investidores.
A mudança representa uma vitória para a economia passo-fundense — e uma derrota amarga para Ijuí, que agora tenta recompor sua imagem diante do setor empresarial.
O episódio envolvendo o Grupo Schirmann deve servir como alerta.
Investimentos de grande porte não escolhem cidades por afinidade política, mas por segurança, acolhimento e visão de futuro.
Quando a disputa partidária se sobrepõe à responsabilidade pública, o preço é alto — e pago por todos.
“Ijuí demonstrou, infelizmente, um ambiente hostil para quem quer gerar emprego e desenvolvimento. É hora de repensar posturas, para que a cidade volte a ser referência em progresso e não em retrocesso político”
📍 Resumo
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Investimento perdido: R$ 45 milhões
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Faturamento anual que deixará de circular: R$ 120 milhões
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Impostos anuais perdidos: R$ 2,04 milhões
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Empregos diretos e indiretos deixados de criar: centenas
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Destino do investimento: Passo Fundo
Apesar do anúncio, especialistas lembram que a decisão ainda pode ser revertida se houver demonstração de estabilidade institucional e apoio comunitário.
“Empresas avaliam riscos, mas também observam o ambiente social. Se a comunidade mostrar que quer o investimento, é possível reabrir o diálogo”
O episódio é, ao mesmo tempo, um alerta e uma chance.
Alerta de que politicagem custa caro.
E chance de a cidade se mobilizar, unir forças e resgatar uma oportunidade histórica.
Postado por: CONECTANDO ONLINE
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